Review – Song of the Deep

Uma bela história, boa trilha sonora e cenários fantásticos mas com sua jogabilidade repetitiva Song of the Deep impressiona mas cansa

song of the deep

Song of the Deep é o jogo mais recente da Insomniac Games, que também lançou esse ano o adorado Ratchet & Clank, conta a história de Merryn, uma garota filha de um pescador e contador de histórias que espera a noite inteira toda vez que seu pai sai para pescar, mas um dia ele não retorna e ela fica preocupada e triste com seu desaparecimento. Lembrando de todas as histórias do fundo do mar que seu pai contava, Merryn une forças e constrói um submarino para ir em busca de seu pai e no caminho ela percebe que tudo aquilo não eram meras histórias.

Song of the Deep é um jogo gênero metroidvania (gênero surgiu e tem esse nome pois os antigos Metroid e Castlevania tinham esse estilo de jogo), ou seja, ao decorrer do jogo você encontra utensílios ou libera poderes e retorna aos mesmo locais para abrir novas passagens e assim prosseguir na história, o que para muitos hoje em dia chega a ser cansativo. O jogador controla um submarino no fundo do mar onde ele explora e luta contra criaturas extraordinárias do fundo do mar, resolvendo quebra cabeças e enfrentando monstros para sobreviver a todo momento, causando cansaço, “combates” e puzzles que não saem da mesmice e acabam ficando muito maçantes ao decorrer do jogo Song of the Deep peca na jogabilidade mas tem duas únicas batalhas com chefões que até que são divertidas, mas nada além do que você faz com meros inimigos.

Song of the Deep tenta compensar a sua jogabilidade com uma trilha sonora e artes maravilhosas, onde cenários lindos, criaturas bizarras e os desenhos das cutscenes com um ótimo traçado, que remete a desenhos de livro infantil, traz um belo agrado para o jogo, sendo apreciado do começo ao fim. Acompanhado de uma bela trilha sonora composta por John Wandag utilizando piano e cantos líricos a música de Song of the Deep traz a sensação de estar em um tour no fundo do mar, explorando calmo e tranquilamente observando a beleza de tudo a sua volta. Encaixando perfeitamente em todas as situações, seja calmaria ou combate, a composição é uma das coisas que salvam o jogo.

Ele tem uma arte que combinada com seu estilo de jogo remete bastante jogos como Child of Light e Ori and the Blind Forest que, diga-se de passagem, são jogos magníficos.

Com suas imersões e submersões, Song of the Deep é legal até os primeiros quarenta minutos, depois de tanta coisa repetitiva ele infelizmente chega a cansar, a história parece que desanda uma hora e houve uma vez que parecia que ia terminar ali o jogo, mas após uma reviravolta ele prosseguia com mais do mesmo. Puzzles e combates eternos eu consegui terminar o jogo, tem um final bonito e bastante agradável, chegou até a dar vontade de jogar de novo, mas aí lembrei pelo que passei e preferi deixar de lado. Basicamente, Song of the Deep é um jogo que ganha por sua beleza e música, mas perde em quesito gameplay.

Song of the Deep já está disponível para PS4, PC e Xbox One.

Otto

Um rapaz que fez do hobby um trabalho. Sempre interessado em aprender e conhecer mais. Gamer desde criança e aficionado por Board games. Altas madrugadas jogando e trabalhando incansavelmente.