Review – Gato Roboto

Domo Arigato, Mr. Gato Roboto

Jogos de grande orçamento são experiências de horas de dedicação. Com a força dos indies no mercado, games com tempos mais limitados e rápidos de jogabilidade tem sido mais frequentes no mercado. A Devolver Digital tem um grande foco em lançar títulos com boas experiências que costumam respeitar bastante o tempo do jogador. Uma dos exemplos claros disso é Gato Roboto, um metroidvania com elementos de megaman que dura é curto, direto ao ponto e nem por isso chega a ser vazio.

Gato Roboto traz a história de um astronauta preso em uma nave após um aterrissagem complicada. A única esperança é Kiki, gata do astronauta, que deve explorar o planeta atrás de uma forma de tirá-lo dali. No caminho, a felina encontra uma armadura que ajudará a combater as criaturas interplanetárias e outras bem mundanas.

Atualmente, os indies bebem muito das referências do metroidvania para seus títulos, tornando até um pouco maçante ver algo novo nesse gênero. Porém, Gato Roboto subverte pensando em um escopo menor, como já citado. É bem fácil decorar o mapa, sabendo exatamente onde retornar ao receber novos upgrades para a armadura de Kiki.

O visual de Gato Roboto imita o estilo visto no gameboy, com apenas duas cores em contraste entre si. Inicialmente, o jogo começa todo preto e branco, mas é possível abrir novas paletas de estilos ao longo da aventura. Essa ideia do contraste pode ter seu charme, mas atrapalha um pouco ao atravessar os cenários. A questão é que certo inimigos são difíceis de serem visualizados, fazendo com que o jogador tome danos desnecessários por conta do estilo.

Em alguns momentos, a fase exige que o jogador tenha uma velocidade em relação a andar, pular e atirar em inimigos. Porém, a armadura de Kiki não colabora muito para isso. O robô comandado pela gata é pesado e em alguns momentos faz perder toda a fluidez exigida pela jogo.

Tanto os puzzles quanto os chefões são de longe as coisas mais divertidas do jogo. Existem trechos inteiros de fases que precisam ser feitas com Kiki fora da armadura. A gatinha, ao contrário da armadura, não pode tomar dano, mas é a única que consegue atravessar trechos com água. Aí entra todo um pensamento que é bem divertido de como passar sem encontrar nenhum inimigo quando se está sem o robô. Além disso, os chefes, apesar de serem baseados em atirar até morrerem, ainda exigem certa habilidade para entender os padrões de ataque e desviar dos projéteis.

Gato Roboto oferece uma experiência desafiadora, divertida e rápida, mostrando que até mesmo os metroidvanias não precisam ser jogos de se passar longas horas perdidos por cenários. Nota 7/10 blá blá whiskas sachê

Kaio Augusto

Uma pilha gigante de referências. Perdido entre produções orientais e ocidentais, seja nos games, música,literatura, cinema ou quadrinhos. Gasta horas pensando em aventuras de RPG de mesa, teorias malucas ou apenas o que fazer em seguida.