Review – Exit the Gungeon (Nintendo Switch)

Dodge Roll transforma seu rogue like em um arcade que rende horas de pura diversão

Em tempos recentes, se eu somar todas as minhas horas em diferentes plataformas de Enter the Gungeon, talvez eu conseguisse escrever um livro. O rogue like da Dodge Roll com todas as atualizações gratuitas e cenários procedurais tornam o jogo quase impossível de enjoar. Quando achei que nunca mais voltaria para este universo, a Devolver Digital surpreende com o anúncio de Exit the Gungeon. O que inicialmente seria um título exclusivo para Apple Arcade, foi uma grata surpresa ao surgir em uma das Nintendo Directs como disponível em outros consoles. E retornar para esse universo foi um dos melhores passatempos da quarentena.

Exit the Gungeon se passa logo após o final do primeiro jogo, em que os personagens agora precisam fugir da Gungeon, que está desmoronando após um paradoxo temporal causado pela Arma que pode Matar o Passado. Sai de cena a exploração, entra uma jogabilidade muito mais arcade, onde é preciso enfrentar hordas de inimigos em um espaço confinado para chegar até os chefões e finalmente escapar. Ao contrário do anterior, aqui o jogador é abençoado o poder da aleatoriedade de seu arsenal, trocando sempre por todas armas bizarras e imaginativas franquia. Além disso, você recebe a incrível habilidade de esquivar na vertical, que é, bem… nada mais do que pular, o que não era possível antes.

Logo no tutorial, o jogador já é apresentado como será a experiência com Exit the Gungeon. A exigência aqui é mais agilidade e velocidade nos gatilhos para que os estágios prossigam com mais velocidade. Enquanto no primeiro jogo era possível analisar os ambientes, encontrando esquinas nas paredes para se proteger, aqui é preciso manter-se em movimento todo o tempo para estar invulnerável. Os estágios do elevador são limitados, fazendo com que o acúmulo de inimigos torne tudo quase como um bullet hell em diversos momentos. O game entende muito bem que para o jogador manter-se capaz de enfrentar todas os desafios que serão apresentados, será necessário recompensas. Além das paradas ocasionais que o elevador faz para pegar itens, alguns power ups temporários que facilitam os combates.

Os chefes de Exit the Gungeon tornam as fases um pesadelo. Os cenários ficam lotados de disparos e o tamanho deles dificultam ainda mais. Falando em dificuldades, os controles dos joy cons não facilitam muito os momentos que exigem mais esquivas e disparos do jogo. Para isso, você pode ativar uma opção onde o personagem atira para o local que mira apenas apontando a alavanca da direita.

Exit the Gungeon é uma experiência ótima para todos os momentos, seja para sessões de jogo mais longas ou para tomar apenas alguns momentos de espera ou de ociosidade. A Dodge Roll mostra que seu universo pode ser explorado de tantas maneiras que me deixam ansioso para conhecer qual será o novo jogo deles. Nota 10/10 armas em formato de munição que disparam armas…que também atiram.

 

Kaio Augusto

Uma pilha gigante de referências. Perdido entre produções orientais e ocidentais, seja nos games, música,literatura, cinema ou quadrinhos. Gasta horas pensando em aventuras de RPG de mesa, teorias malucas ou apenas o que fazer em seguida.