Review – Assassin’s Creed Origins
A luz do fim do túnel de uma grande saga
Dez anos atrás foi quando conhecemos o mundo de Assassin’s Creed na pele de Altair. Até então, aquele era o início de uma grande franquia, curioso mundo e muitas peculiaridades, mas aquela história não era a origem de tudo. A partir daí foi seguindo os antepassados de Desmond Miles e descobrindo mais sobre esse Credo, essa sociedade oculta e seus mistérios. Ao decorrer dos anos os fãs foram ficando saturados e meio que reclamando de barriga cheia quando todo ano foi sendo lançado um novo. Após um ano em hiato a série retorna mais renovada e bela do que nunca com Assassin’s Creed Origins, contando a história do início de tudo existente no mundo dos Assassinos e é uma coisa bela de se ver.
Na pele de Bayek, o jogador encara os desertos e os belos pontos turísticos do Egito Antigo, um mapa nunca antes visto e, diga-se de passagem, enorme com muitas coisas a se fazer. O jogo traz uma mecânica semelhante ao jogo The Witcher 3, onde há vários pontos de interrogações e cada um reserva um local ou missão para se fazer, assim como eventos que surgem ao andar pelas cidades.
O combate está excelente, sendo mais fluído e tirando aquele jeito mecânico e travado que sempre teve nos jogos anteriores. Assassin’s Creed Origins também traz um novo sistema de equipamentos e Level relacionado a jogos de RPG, contendo status, passivas e sendo possível fazer melhorias. O equipamento padrão de armadura, hidden blade, bolsa para carregar utensílios traz a mecânica de FarCry ao caçar animais e utilizar de suas peles.
Arco e flecha é uma arma necessária neste jogo para certas abordagens e nele, traz variações de arcos para situações específicas como, combate, caça, alvos próximos e um arco padrão como em todos, cada um pode ser utilizado para situações diferentes e como o jogador quiser, assim como as armas corpo a corpo, seja uma espada dupla, lança, machado ou até mesmo um bastão, o jogador tem a liberdade de usufruir da maneira que quiser.
Se o jogador se preocupa se a história é grande o suficiente e se tem como aproveitar bastante, a resposta é sim, o jogo é enorme, existe uma grande quantia de missões, seja principal, secundária e até mesmo de eventos e interrogações para explorar. Não haverá um momento em que o jogador ficará sem o que fazer em Assassin’s Creed Origins. Caso não queira fazer nada disso, é sempre agradável passear de barquinho, subir em lugares altos e apreciar a paisagem ou até mesmo participar em corridas de biga e ir desestressar na Arena.
A história do jogo é bem interessante, principalmente pelo fato de saber se que ali é o início de tudo e a curiosidade de saber o que desencadeou a origem do Credo do Assassinos instiga mais e mais o jogador. A motivação de Bayek chega a ser clichê, mas após avançar na história é perceptível o rumo que aquele motivo está tomando. São seis atos muito bem diretos e proveitosos a cada missão.
Um “problema”,para certos jogadores, existente em Assassin’s Creed Origins é o fato de Level. Ao avançar na história e em regiões os inimigos ficam mais fortes, consequentemente ficando mais difícil para avançar, complicando a vida daqueles que gostam de fazer apenas a história, pois é necessário ter um equipamento bom e um Level mais alto para a força de equiparar com os adversários, para isso é preciso fazer as missões secundárias e melhorar ou comprar equipamentos mais fortes. Mas, existe a opção de usar o seu din din para comprar as coisas fortes direto da loja e assim facilitar as coisas para os mais apressados.
Assassin’s Creed Origins foi um ar de esperança que trouxe para a Ubisoft nesta famigerada saga. O jogo conseguiu se reinventar após anos seguidos com a mesma mecânica, se a série prosseguir e for melhorando a partir daí, é possível reconquistar a todos, trazendo uma história tão boa quanto esse, com uma trilha sonora e cenários ainda mais fantásticos. Assassin’s Creed Origins vale a pena a compra e todas as horas que forem gastas de sua vida.
Assassin’s Creed Origins já está disponível para PC, Xbox One e PS4.
