Crítica – BraveStorm

Nostalgico e divertido, divide opiniões.

BraveStorm surpreende mesmo sendo provavelmente a obra menos conhecida pelo publico dentre as apresentadas no festival. O live action produzido pela Blast em 2017 é inspirado em duas séries tokusatsu sendo:Silver Kamen (1971-1972) e Super Robot Red Baron (1973-1974).

O filme começa em 2018 quando o protagonista Ken Kurenai vai a mais uma luta de rua atrás de diversão e dinheiro fácil e ve sua vida de repente virar de cabeça para baixo ao encontrar cinco irmãos viajantes do tempo, que o salvam da morte quase iminente e o levam a uma base secreta, onde contam o motivo da visita. Em 2050 a humanidade está quase extinta devido a uma invasão alienígena e essa família que conseguiu construir uma maquina do tempo volta a 2015 para tentar impedir essa destruição, encontrando um cientista para desenvolver o projeto do barão vermelho (red baroon) para lutar contra a maior arma dos invasores Killgis, o barão negro (Black baroon).

BraveStorm é uma obra original, os cenários e o CGI são de muito bom gosto, o figurinho é interessante e os Killgis tem um visual bem ao estilo de produção japonesa. Não temos o que reclamar sobre os robôs gigantes e efeitos especiais, mas, para um filme inspirado em tokusasu, faltou ação, sentimento, explosões e personalidade principalmente nas lutas e no protagonista.Ken não esta nem ai para nada, é revoltado simplesmente porque sim, mas no fim resolve ajudar , os irmãos apesar de serem mais carismáticos (especialmente Koji) não parecem saber muita coisa e no final do filme parecem saber demais, tem alguns furos de roteiro e não é possível saber exatamente se o filme falha em passar um tom sério ou se as atuações cômicas são intencionais, o que com certeza separa drasticamente opiniões do publico.

De qualquer forma, intencional ou não, o filme é divertido, nostálgico e demonstra coragem da Sato Company em trazer um conteúdo que não é tão usual no Brasil para o cinema, esse talvez seja o primeiro de muitos filmes deste gênero e similares.

A cereja do bolo é a dublagem que também divide opiniões. Não é sério, não é a definição de bem feito mas ao contrario de Tokyo Ghoul tem muitas adaptações que dão ênfase ao ar cômico e exagerando nisso em alguns momentos, transformando cenas que deveriam ser tocantes em motivo de risada.

As considerações finais é que é um filme interessante, simples e divertido, está no cinema em cessões únicas até o dia 28/09 encerrando o festival de ação japonês.