Review – Zone of the Enders The 2nd Runner: Mars

Uma prova de que Kojima é muito mais que Metal Gear

Todo o material lançado de Death Stranding deixou algumas pessoas se perguntando sobre a genialidade de Hideo Kojima. Porém, muitas pessoas mantém a idolatria do produtor japonês apenas tendo a franquia Metal Gear como base. Agora, em 2018, o talento de Kojima pode ser apreciado em um contexto muito diferente. Em Zone of the Enders The 2nd Runner: Mars, é possível notar como a versatilidade de Hideo vai além de sua estranheza característica.

Zone o the Enders The 2nd Runner: Mars mostra história do piloto de robôs Dingo Egret, busca fugir da vida de soldado na guerra entre a Terra e Marte. Porém, em uma missão, ele descobre um Jehuty, mech altamente avançado que pode mudar os rumos deste combate. A minha sinopse deste  é uma versão muito resumida da história do game, afinal se fosse contar tudo eu precisaria passar um tempo por aqui. Imagine que Zone of The Enders é um jogo baseado em um anime de robôs gigantes, com todas as reviravoltas que está atrelado ao gênero. Ter o referencial de séries como Evangelion ou Gundam faz com que toda a anormalidade de alta ficção cientifica japonesa colocada em Zone of The Enders seja muito mais fácil.

Ao comparar com o original, é possível perceber o trabalho bem realizado na versão remasterizado. Existe um respeito muito grande aos elementos de Zone of The Enders The 2nd Runner, desde as animações da história até a jogabilidade simples e intuitiva de controle dos mecha. Todo o design dos robôs feito por Yoji Shinkawa salta aos olhos em HD, principalmente quando eles são apresentados em detalhes. Como o jogo original é de 2003, algumas das máquinas acabaram inspirando inimigos que aparecem em Metal Gear Solid 4.

A jogabilidade ainda continua a mesma. O controle traz um botão para ataque e outro para defesa, deixando os gatilho como parte da mobilidade e esquiva dos robôs. As mecânicas fazem com que o combate seja parecido com musou em alguns momentos, porém,  sem todo a loucura de enxames de exércitos comuns neste gênero.

O problema é que Zone of The Enders The 2nd Runner: Mars não oferece ao jogador a possibilidade de escolher a linguagem de dublagem e texto para acompanhar a história. No inglês, a interpretação  das animações é sofrível com momentos dramáticos que não se encaixam nada bem. Convenhamos que para quem consegue fazer um trabalho tão bom ao melhorar os gráficos, seria muito tranquilo colocar no menu um opção de colocar o jogo em japonês.

Zone of The Enders The 2nd Runner: Mars traz a oportunidade de dos fãs de Hideo Kojima conhecerem muito bem um grande trabalho do produtor. Além de ser um material obrigatório para os fãs de animes de robôs gigantes.

 

Kaio Augusto

Uma pilha gigante de referências. Perdido entre produções orientais e ocidentais, seja nos games, música,literatura, cinema ou quadrinhos. Gasta horas pensando em aventuras de RPG de mesa, teorias malucas ou apenas o que fazer em seguida.