Review – Dishonored Death of the Outsider

Uma DLC standalone que traz uma boa história, mas pouca exploração

 Um novo ano, uma nova história. Dessa vez Dishonored apostou em uma DLC standalone, ou seja, um conteúdo adicional que não é necessário ter o jogo base. Dishonored Death of the Outsider tem como foco a história de Billie Lurk, antiga pupila de Daud, tudo que ocorre neste jogo é após Dishonored 2, onde Emily recupera o trono e consegue acabar com os resquícios do reinado de Delilah.

Assim como os anteriores da série, sua mecânica continua a mesma, mas algumas habilidades são distintas por serem de outro personagem. A história é bem interessante e impactante no momento que o jogador se depara com o objetivo de matar o Outsider, mas o problema acaba sendo a execução em um mapa repetitivo e pequeno. No começo de Dishonored Death of the Outsider é dado aquele famoso aviso dos anteriores da série, “suas ações trarão consequências para o ambiente da cidade e sem desfecho”, pena que não é muito disso assim como nos anteriores. Existem cerca de cinco missões, cada capítulo é uma e pode-se fazer missões secundárias durante sem problema algum e encontrar os Bonecharms para melhoria.

Algumas das secundárias acabam sendo repetitivas, fazendo com que o jogador canse e foque somente na principal e descobrir logo seu desfecho, principalmente pelo fato de que grande parte das missões se passa no mesmo mapa, só muda o dia e a noite. Os equipamentos de Billie acabam sendo semelhantes aos de Emily e Corvo dos jogos passados, o que acaba sendo plausível por se passar no mesmo universo e a diferença temporal não é grande. Já suas habilidades merecem um grande destaque. Além do famoso Blink, ela dispõe de duas habilidades particularmente roubadas. Uma delas é a que se equipara com a visão através das paredes, mas essa funciona como se o espírito da Billie saísse e explorasse até certa distância, podendo marcar itens e alvos. A outra é se disfarçar de alguma pessoa no meio da cidade, mas é necessário fazer na surdina. Planejando bem, há modos interessantes de infiltração em Death of the Outsider.

A escolha de ter sido um standalone do que uma DLC de Dishonored 2 talvez tenha sido para chamar uma atenção maior para a história e sua protagonista, o que não são pontos fracos em momento algum, mas por sua qualidade e tempo de gameplay deixam a desejar trazendo o pensamento de “deveria ter sido uma DLC mesmo”. O conteúdo adicional do primeiro Dishonored acabou sendo muito cativante e abrangente ao se deparar com outros pontos de vista da mesma história, já Death of the Outsider pôde até trazer a mesma sensação, mas por ser em mapas repetitivos e curto por ser standalone peca um pouco.

Dishonored Death of the Outsider já está disponível para PC, PS4 e Xbox One.

Otto

Um rapaz que fez do hobby um trabalho. Sempre interessado em aprender e conhecer mais. Gamer desde criança e aficionado por Board games. Altas madrugadas jogando e trabalhando incansavelmente.