Review – Devil May Cry 5

Quando a evolução acontece sem perder a essência

Lá em 2001, muitos games traziam conceitos que seriam abraçados até os dias atuais. Junto disso, chegava Devil May Cry. O jogo hack n’ slash, que ganhou vida durante o desenvolvimento de Resident Evil, trazia uma jogabilidade ágil, um protagonista carismático e cheio de estilo que fez diversos fãs na época. Agora, 18 anos depois, Devil May Cry 5 chega, após continuações e reboots, para mostrar como algo pode evoluir sem deixar a essência do que sempre foi: rápido, estiloso e extremamente divertido.

Devil May Cry 5 é uma continuação direta da história da série e traz Nero chegando para enfrentar Urizen, um poderoso demônio que venceu Dante. Porém, as coisas não vão tão bem assim e o protagonista, junta do novo personagem, V, precisam fugir para ganharem forças e poder salvar Dante. A narrativa de Devil May Cry nos títulos passados apesar de presente, não era tanto o foco do jogo. Claro que ela ainda não é o principal, mas a história de Devil May Cry 5 é trabalhada muito bem. A narrativa neste conto de vinganças intriga desde o início, deixando sempre algumas informações ali que são gratificantes quando reveladas ao longo da história. Claro que para fãs mais assíduos da franquia, as viradas podem ser óbvias, mas ainda são recompensadoras quando ocorrem.

A principal estrela de Devil May Cry 5 é o combate. Se antes a velocidade e fluidez no combo foram elementos que fizeram pessoas se apaixonarem pela franquia, aqui todo esse sentimento está de volta e ainda com adições que deixam as coisas mais interessantes. Mesmo que Nero e Dante compartilhem algumas mecânicas básicas, como o ataque com espadas e uso de armas, as semelhanças se bastam por aí. Nero conta com os diferente DevilBreakers, braços desenvolvidos para situações únicas de combate. Cada uma destas próteses acrescenta novos elementos, como Buster arm, mais focado em golpes pesados que podem matar alguns inimigos com golpes de luta livre, ou Gerbera, que faz com a movimentação seja aumentada com pulsos de energia que jogam Nero para o alto.

Dante, por sua vez, traz de volta os diferentes estilos de luta que podiam ser escolhidos antes de missões em Devil May Cry 3. Porém, agora é possível trocar entre eles com o toque de um botão, o que torna o uso de cada um muito situacional. O mesmo vale para as diferentes armas, que combinadas com os estilos, tornam a tarefa de alcançar o ranking Smokin Sexy Style de combos muito mais fácil. V é a grande novidade de Devil May Cry 5. O combate do personagem é baseado na invocação de criaturas que fazem o trabalho. Em um primeiro momento pode ser bem estranho e complicado fazer com que os combos sejam bem feitos, porém, entender como cada uma das três invocações funciona individualmente, fica mais fluído faze-las cooperarem.

Ao fim de toda experiência de Devil May Cry 5, o que resta é uma vontade incontrolável de voltar e fazer tudo de novo, porém, buscando novos rankings. O game atualiza os elementos da série e mesmo assim é possível sentir um frescor. A Capcom, ultimamente, investe para fazer com que suas franquias consagradas caiam de novo nas graças dos fãs e até o momento isto tem dado muito certo. Nota 9/10 matadores de demônios ao som de Devil Trigger.

Esta análise foi feita com uma cópia cedida pela Nuuvem e Capcom

Kaio Augusto

Uma pilha gigante de referências. Perdido entre produções orientais e ocidentais, seja nos games, música,literatura, cinema ou quadrinhos. Gasta horas pensando em aventuras de RPG de mesa, teorias malucas ou apenas o que fazer em seguida.