Review – Days Gone

Um jogo promissor, mas com muito a melhorar

Desde a E3 2016, muitos ficaram curiosos para saber do que se tratava esse novo jogo pós apocalíptico intitulado Days Gone. Um jogo que traz um protagonista motociclista enfrentando hordas enormes de zumbis conhecidos como Freakers em uma cidade destruída e dominada por eles.

Diários de Motocicleta

Na pele de Deacon, ele e seu parceiro sobrevivem com o propósito de sair daquela cidade e fugir para um lugar melhor com suas motocicletas, mas antes, precisam fazer algo muito importante. Days Gone traz um enredo inicialmente difícil de ser palpável ao introduzir os três personagens que a história embasa.

Com acontecimentos manjados e clichês de obras pós apocalípticas que poderiam ser muito mais aproveitados relacionado com o mundo a sua volta e os personagens.

Muito do jogo é interessante, mas precisava de uma melhor polida antes de ter sua versão final, o HUD do jogador é algo difícil de encaixar com todo o visual de Days Gone, uma barra de Vida e Stamina que parecem ter sido utilizadas na fase Beta do jogo, diferente dos indicadores na motocicleta, objetos e dos menus, que tem um visual bem trabalhado e segmentado com o resto do jogo.

Um jeito diferente de explorar

Diferente de muitos jogos pós apocalípticos, em Days Gone o jogador utiliza somente uma motocicleta para viajar por aí e realizar suas tarefas, ficando de olho com a gasolina e dano causado a mesma.

É um diferencial bem interessante e divertido, principalmente para os fãs de motos de plantão, porém um elemento que pode incomodar alguns jogadores é o de Viagem Rápida que dependendo da quantidade de combustível não será possível realizar o percurso, necessário reabastecer.

Armas, munições e suprimentos são coisas bem escassas no mundo de Days Gone. Fazendo o jogador pensar duas vezes antes de atirar com alguma arma ou enfrentar alguma horda que esteja rondando por aí. Elemento bem explorado por ser um lugar decadente e dominado por mortos-vivos.

É extremamente recomendado utilizar silenciadores e abordagens mais furtivas, algo que alguns não irão aproveitar e vão querer sair explodindo tudo por ai.

Born to be wild

Ao se tratar de um jogo de mundo aberto, algo que sempre entretém durante as longas viagens são trilhas sonoras, seja de rádio ou músicas ambiente do próprio jogo. Infelizmente Days Gone peca nesse quesito por não abordar nenhuma.

É compreensível não existir nenhuma estação de rádio, mas a própria trilha sonora só surge em momentos propícios para a história ou ação, durante as viagens de motocicleta não há nada, o que torna um pouco tedioso.

Seu mapa não chega a ser tão grande também, mas mesmo assim acaba sendo mal utilizado por haver poucos pontos para serem explorados. É possível esbarrar com um ou outro ponto de interesse em certos caminhos, porém acabam sendo somente investigações para obter um item ou outro que são resolvidos rapidamente.

Uma boa ideia, mais tempo necessário

Days Gone é um jogo promissor e com uma boa ideia para o “mercado pós apocalíptico” atual, ele acerta em boas coisas e elementos porém erra em outros que caso houvesse mais tempo antes de seu lançamento poderia ter sido revisado e pensado melhor. Um jogo criado por dois motoqueiros de longa data e inspirado por séries como Sons of Anarchy tinha tudo para ser um jogo muito intrigante.

Days Gone já está disponível exclusivamente para PS4.

Nota: 6/10 vezes em que minha moto acabou a gasolina e eu morri

Otto

Um rapaz que fez do hobby um trabalho. Sempre interessado em aprender e conhecer mais. Gamer desde criança e aficionado por Board games. Altas madrugadas jogando e trabalhando incansavelmente.