Crítica – PéPequeno

Nova animação mostra a importância do pensamento crítico

Chegando com uma lição valiosa sobre a importância de ter um pensamento crítico acerca do mundo, a nova animação da Warner, Pé Pequeno, não decepciona.

No topo das montanhas do Himalaia, somos apresentados a uma vila de yetis – popularmente conhecido como Pé Grande – vivendo em uma sociedade avançada, funcional e pacífica. O único porém é que os yetis precisam seguir e confiar em regras feitas pelos seus antecessores, e escritas em pedras. A regra é clara: Não desconfie das pedras. Por mais absurdas que algumas coisas sejam, como precisar bater em um gongo para acordar o caracol mágico que ilumina sua vila (vulgo sol), seus habitantes as seguem fielmente e sem perguntas. Ao menos, a maioria deles.

Somos então apresentados a Migo, um yeti que não vê a hora de substituir seu pai como batedor do gongo e que sempre defendeu o as escrituras nas pedras, até  o momento que encontra um humano – chamado de pé pequeno pela sua espécie e tratado como uma lenda – pela primeira vez nas montanhas.

O enredo pode parecer bem simples e não muito inovador, entretanto, o modo como a animação nos faz questionar as crenças antigas é genial. A ideia é fazer o espectador refletir. As regras antigas fazem sentido no mundo de hoje? Como elas foram criadas e por qual motivo?  A importância dessas questões e suas respostas é trabalhada de modo leve, delicado e divertido.

O longa é recheado de momentos cômicos muito bem acertados, sem parecerem forçados. A disparidade entre a linguagem dos humanos e dos yetis é algo divertidíssimo de se ver, há várias referências ao longo do filme e a trilha sonora é envolvente. Apesar de algumas pessoas ficarem incomodadas com personagens cantando durante o filme, as cenas das músicas são muito bem feitas e contém boas mensagens.

Falando em cenas, o CGI está impecável. A qualidade dos detalhes, a construção do ambiente e dos personagens (que são extremamente carismáticos), tudo com um visual agradável de se ver.

PéPequeno diverte tanto crianças quanto adultos, promovendo o pensamento crítico e a importância de se questionar as coisas. O longa chega aos cinemas dia 27 de setembro.

Texto por Louise Minski

Kaio Augusto

Uma pilha gigante de referências. Perdido entre produções orientais e ocidentais, seja nos games, música,literatura, cinema ou quadrinhos. Gasta horas pensando em aventuras de RPG de mesa, teorias malucas ou apenas o que fazer em seguida.