Crítica – O Predador (2018)

Ação, mortes e muitos clichês dos anos 80

Em O Predador (2018), um menino (Jacob Tremblay) ativa o retorno dos predadores, agora mais fortes e inteligentes do que nunca, para a Terra. Ex-soldados e uma bióloga (Olivia Munn) se juntam para lutar contra essa ameaça e proteger o futuro da raça humana.

 O que muitos dizem por aí, o longa não chega a ser exatamente um reboot, sendo que mostra que o governo tem conhecimento de tal criatura desde a década de 80, ano em que se passa o primeiro filme com Schwarzenegger. Diferente dos clássicos, esse tem um estilo mais voltado para ação com uma pitada de comédia, removendo todo o suspense que havia nos anteriores. O filme tem um ritmo bom, não enrola para acontecer as coisas e não se perde no meio, ficando com um enredo bem conciso e atrativo.

Elogios a parte, O Predador não foge dos clichês, o herói americano que salva o dia, mortes idiotas e coadjuvantes de alívio cômico, compõem a obra, mas não a torna ruim, somente torna-a padrão. O que salva destes clichês é a personagem de Olivia Munn, que não é tratada como uma cientista indefesa protegida por vários marmanjos, ela bota a mão na massa e mostra que está lá para fazer diferença.

O elenco traz atores de diferentes gêneros do meio, que compõem bem o grupo, porém, chegam a ser descartáveis, trazendo diferença alguma para o enredo. O grupo de ex-soldados denominado de “Os Lunáticos”, trazem o ar de heroísmo e descontração para o filme. Maioria das vezes isso acontece devido ao comediante Keegan-Michael Key, com tiradas e piadas em quase toda cena que aparece, junto de Thomas Jane, que interpreta um soldado com Síndrome de Tourette que sempre fala certas coisas em momentos errado.

O personagem de Boyd Holbrook (Narcos), Qunn McKenna, é o típico herói americano que fará de tudo para eliminar seu alvo, vulgo Predador. Já Jacob Tremblay (Quarto de Jack) mostra seu destaque interpretando um garoto autista, filho de Quinn, em certos momentos não parece convencer, parecendo forçado por culpa do próprio filme.

Os efeitos visuais do filme são de boa qualidade e impressionam com as cenas mais sanguinolentas, ao mutilar corpos, tanto de humanos quanto do Predador. Em momentos, o CGI não convence, deixando muito na cara que naquele momento específico é feito em computação gráfica. A trilha sonora é tão genérica quanto a história do filme, destacando momentos heroicos e outros tensos, a composição encaixa bem com momentos do longa, mas não se destaca.

No geral, O Predador (2018) surpreende por não ser um total desastre, apesar de clichê, apresenta um enredo firme e com bom ritmo. Se a pessoa estiver procurando um filme de pura ação, não vai sair decepcionado do cinema. As piadas são feitas em momentos propícios no filme, não chega a ser forçado. Vale a experiência de assistir no cinema para alguns em questão audiovisual.

O Predador (2018) já está disponível nos cinemas com classificação de 18 anos acompanhado ou autorizado pelo responsável.

Otto

Um rapaz que fez do hobby um trabalho. Sempre interessado em aprender e conhecer mais. Gamer desde criança e aficionado por Board games. Altas madrugadas jogando e trabalhando incansavelmente.