Crítica – Homem-Aranha: Longe de Casa

Novo filme entrega ótima ação com grandes atuações, indicando um futuro promissor para a franquia.

Após os eventos de Vingadores: Ultimato, Peter Parker (Tom Holland) viaja para a Europa com seus amigos visando descansar de seu dia a dia de super herói. Quando novos vilões ameaçam a Terra, cabe a ele decidir se assumirá seu posto como super-herói ou se permanecerá anônimo, viajando com seus colegas.

O Universo Cinematográfico da Marvel jamais será o mesmo. As personagens têm de se adaptar ao mundo sem Homem de Ferro e Capitão América. Consciente da importância desses acontecimentos, Homem-Aranha: Longe de Casa dedica seus primeiros minutos a estabelecer o impacto que as ações de Thanos e dos Vingadores tiveram no mundo. De maneira divertida, o longa é hábil a propor o questionamento que guiará Peter Parker durante todo o filme: O Homem-Aranha é capaz de ocupar o lugar deixado pelo Homem de Ferro?
Felizmente, a resposta é sim. Não só dentro da história do longa, mas também ao colocar Tom Holland como provável figura central do novo universo Marvel. O rapaz é carismático e é sem sombra de dúvidas a melhor encarnação do teioso nas telas de cinema. Longe de Casa brilha ao utilizar o elenco repleto de figuras cativantes, a sombria MJ (Zendaya) é o contraponto perfeito a inocência de Peter e Ned (Jacob Batalon) complementa o filme com uma boa dose de humor.
Jon Watts, o diretor da nova duologia do Homem-Aranha, parece ter escutado as principais críticas ao primeiro filme e optou por dosar os momentos de humor (ainda presentes afinal isso é um filme da Marvel) em detrimento de cenas de ações. Longe de Casa apresenta uma das melhores lutas dos 10 anos dos filmes da Casa das Ideias, ao se permitir fugir do convencional e imergir no conceito de seu vilão, entregando uma luta repleta de efeitos especiais e que se torna sufocante e desesperadora, exatamente o que o Aranha sente na batalha.
A personagem interpretado por Jake Gyllenhaal não oferecerá muitas surpresas aos que conhecem sua história, mas seu carisma é suficiente para vender sua motivação. Talvez a maior decepção do filme seja a falta de espaço para explorar o passado de Mystério, um problema familiar aos filmes da Marvel.
A trilha sonora de Michael Giacchino consegue uma difícil tarefa: Sair da sombra da música tema composta por Danny Elfman para Homem-Aranha 2. A identidade sonora do filme é clara e reconhecível, algo raro para um filme da Marvel.
Pavimentando o futuro da franquia com uma cena final genial, Homem-Aranha Longe de Casa é divertido e eficaz ao efetuar ótimas cenas de ações e exaltar o seu elenco talentoso. Felizmente, o legado de Tony Stark está seguro enquanto o Aranha se balançar por Nova York.

Daniel Vila Nova

Fã de literatura, vai de Machado de Assis a Turma da Mônica em uma única sentença. Jogador de RPG, tem todos os consoles da Sony mas jura que não é Sonysta. Adora filmes ruins.