Crítica – Dunkirk
Dunkirk é um filme maravilhoso. Pela beleza de todos os takes, os ótimos efeitos práticas e uma boa história bem contada, ele agrega ao universo quase sempre impecável de Christopher Nolan.
Como um filme de guerra, Dunkirk se destaca pela delicadeza com que trata cada uma das histórias que decide contar. Se destaca também pelas ótimas cenas de explosões, de barcos afundando, de aviões atirando e de pessoas desesperadas tentando se manter vivas. Como um filme dramático, Dunkirk se destaca por não forçar emoções, não “levantar bandeiras” e não minimizar estragos e nuances de caráter dos envolvidos. É um filme cru, pesado e bonito, como a história que realmente se passou naquela praia francesa durante a Segunda Guerra Mundial.
É difícil escolher o que funciona melhor no filme: tudo dialoga muito bem. São três núcleos principais: a praia ou o píer de Dunkirk, o céu e o mar. Em cada um desses espaços, um pequeno número de indivíduos se destaca, lutando por honra, por glória, por raiva, por compaixão, ou por mera sobrevivência.
O grupo de protagonistas é ótimo e interpretado por incríveis atores. Os renomados Kenneth Branagh, Cillian Murphy, Mark Relance e Tom Hardy ficam lado a lado com nomes e rostos mais iniciantes, mas que tomam a cena. Entre os jovens destaques, vale citar Fionn Whitehead como o protagonista central, Aneurin Barnard que diz muito com olhar, Barry Keoghan com um papel menor porém marcante e, sim, Harry Styles. O cantor que costumava fazer parte da banda teen One Direction surpreende e muito – podemos esperar muito mais do ator nos cinemas.
Dunkirk é um daqueles filmes que dá gosto de assistir. Não tem defeitos de roteiro, não é nem muito longo nem muito superficial, não exagera no drama e traz um visual simplesmente perfeito. Se possível, aproveite esse filme em um cinema IMax. Os efeitos, que foram quase todos práticos, estão incríveis.
Dunkirk estreia nessa quinta-feira, dia 27 de Julho e é mais uma obra prima escrita e dirigido por Christopher Nolan.