Crítica – Cadáver

Premissa diferente, resultado clichê e nada assustador

Algo que definitivamente o mercado do terror não precisa mais, é de mais filmes sobre exorcismo/possessões. Desde o lançamento do clássico O Exorcista, já foram feitos inúmeros filmes com essa mesma temática. Alguns bons, outros bem ruins. O problema é que a história é sempre a mesma, deixando o público saturado. No caso de Cadáver, temos uma certa inovação. É uma mistura de A Autópsia com qualquer filme genérico sobre possessão demoníaca.

Algo que definitivamente o mercado do terror não precisa mais, é de mais filmes sobre exorcismo/possessões. Desde o lançamento do clássico O Exorcista, já foram feitos inúmeros filmes com essa mesma temática. Alguns bons, outros bem ruins. O problema é que a história é sempre a mesma, deixando o público saturado. No caso de Cadáver, temos uma certa inovação. É uma mistura de A Autópsia com qualquer filme genérico sobre possessão demoníaca.

O filme já começa mostrando um exorcismo, nada de novo. Hannah Grace foi possuída e os padres estão tentando livrar o corpo dela do demônio. Porém, o demônio é mais forte e acaba subjulgando o padre, fazendo com que o pai de Hannah decida dar um fim à vida daquela que foi sua filha.

Passados três meses, somos apresentados a Megan, uma ex policial que está tentando refazer sua vida após um acontecimento traumático. Seu novo emprego é em um necrotério, e tudo vai bem…até que ela recebe o corpo mutilado de Hannah Grace. Como de praxe, diversos acontecimentos estranhos começam a acontecer depois da chegada do corpo, fazendo Megan se questionar se está louca ou se aquelas coisas realmente estão acontecendo.

A ambientação do filme é um ponto positivo. Todo aquele silêncio dentro de um necrotério causa uma boa imersão no público, que fica tenso e atento ao mínimo ruído. Porém, quando pessoas (vivas) aparecendo de surpresa dão mais sustos do que o próprio cadáver, temos um sério problema. O filme tem diversos jump scares, e o que deveria assustar de fato, não assusta.

A maquiagem está boa, a locomoção do cadáver é excelente e lembra até mesmo a Samara, de O Chamado, saindo do poço. O problema é que as aparições de Hannah são um tanto sem graça e até mesmo óbvias. O modo como as mortes ocorrem chega a ser repetitivo e tedioso, há vários clichês batidos, reações previsíveis, a trilha sonora e o jogo de luzes entregam alguns momentos que deveriam ser assustadores e enfim, a trama não se sustenta.

Shay Mitchell faz um bom trabalho como Megan, fazendo com que o espectador se imagine ali no lugar dela, isolada a noite toda em um necrotério. Mas ela sozinha não consegue segurar o filme. O diretor do necrotério aparece uma vez e nunca mais, os guardas são dispensáveis.

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No final das contas, apesar de ter uma história levemente criativa, Cadáver acaba sendo mais um filme de terror genérico, assim como tantos outros sobre exorcismos, que mal serve para assustar. O que é uma pena, já que todos os elementos e potencial estavam ali.

Cadáver estreia dia 29 de Novembro nos cinemas.

Texto por Louise Minski